“Meu filho não come nada”; “Ele escolhe o que quer comer”; “Ele cospe toda comida”. Seja no consultório de pediatras e nutricionistas seja numa conversa entre pais aflitos e preocupados, a recusa alimentar de crianças é um assunto frequente e vem acompanhada da pergunta: de quem é a culpa quando as crianças não estão comendo bem?
Desde já, a recusa alimentar é um problema complexo e, portanto, a palavra culpa não se aplica. Deve-se avaliar se existem problemas orgânicos, emocionais, ambientais ou mesmo a combinação de ambos como base da recusa alimentar.
Estudos realizados mostram que de 3 a 5 mães de cada 10 dizem que o filho tem ou teve problemas importantes de alimentação. Entretanto, é importante deixar claro que a seletividade é algo inerente ao desenvolvimento da criança.
A família é o maior exemplo de comportamento. Ou seja, são o espelho e os responsáveis pelo sucesso ou fracasso na oferta dos alimentos. Quase todas as famílias de crianças que não comem bem têm alguém que já apresentou ou apresenta problemas semelhantes, faz dieta ou tem problemas com a alimentação.
Se os pais não oferecem o alimento, não há como a criança conhecer ou aceitar um produto novo; se os próprios pais fazem cara feia ao expor o alimento, a criança não comerá; se a família distrai durante a refeição, a criança come menos ou pior; se a família não come determinados alimentos, a chance de as crianças o comerem é muito pequena; famílias que não comem juntas têm menor chance de ter uma alimentação mais adequada e equilibrada.
Primeiramente, é preciso entender que toda criança passa por fases de maior ou menor apetite. Comer é algo diário, que pode ser influenciado por diversos fatores, ou seja, ninguém come com a mesma vontade, volume e intenção todos os dias em todas as refeições.
De acordo com alguns estudos, as crianças se tornam mais receptivas a novos alimentos após 10 ou mais exposições a eles, mostrando a importância da exposição e repetição dos alimentos em preparações e combinações diversas. No entanto, isso é diferente de ir contra a vontade dos pequenos, segundo especialistas. Em síntese, nunca se deve forçar a criança a comer. Essas atitudes representam um risco. O uso da força, a insistência e a imposição dos alimentos são fatores que agravam ainda mais a recusa alimentar.
Analogamente, a nutricionista Raquel Ricci, do Hospital Infantil Sabará, alerta para o perigo de ensinar a criança a ter uma relação conflituosa com a alimentação. “Respeitar os sinais de fome, saciedade e interesse é fundamental, o que não se pode abrir mão é de proporcionar momentos e oportunidades adequadas de refeição”
A seguir, veja dicas do que fazer para criar um ambiente agradável e estimulante para a criança comer de forma saudável e natural:
Em contrapartida, dicas do que não fazer:
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