Ninguém nasce leitor. Por isso, o hábito de incentivar a leitura deve começar desde os primeiros anos de vida da criança. Afinal, a atividade ajuda a obter conhecimento e aprender valores éticos e morais. E a literatura infantil é a porta para isso.
Segundo estudos, a literatura permite melhorar a compreensão dos fatos, exercitar a imaginação, desenvolver a escrita e enriquecer o vocabulário. Além disso, é na infância que essas características fundamentais começam a estreitar.
No dia 2 de abril celebra-se o Dia Internacional da Literatura Infantil e também homenageia o escritor dinamarquês Hans Christian Andersen (1805-1875), um dos nomes da literatura mundial. Ele é autor, por exemplo, da obra A pequena sereia. O tema é comemorado nesse dia porque a data coincide com o aniversário do escritor.
Desde 1967, o Conselho Internacional sobre Literatura para Jovens (IBBY, sigla em inglês para International Board on Books for Young People) comemora a data. A cada ano, um país é escolhido para ser o patrocinador do evento. O Brasil já ocupou esse posto em 2003 e em 2016.
Já no dia 18 de abril é celebrado o Dia Nacional do Livro Infantil. Isso porque, nesse dia, em 1882, nascia o escritor Monteiro Lobato, considerado o pai da literatura infantil brasileira. Portanto, é uma data que celebra esse tipo de literatura e homenageia esse escritor, autor não só de textos para crianças, apesar de ser mais conhecido por eles.
São muitas as grandes obras da literatura infantojuvenil produzidas no mundo inteiro, no passado e na contemporaneidade. Selecionamos aqui cinco delas para que você possa ter uma ideia da importância desse tipo de literatura.
O meu pé de laranja lima, do escritor brasileiro José Mauro de Vasconcelos (1920-1984), é um clássico da literatura infantojuvenil nacional e um campeão de vendas. Publicado pela primeira vez em 1968, conta a história do menino Zezé e seu amigo vegetal Minguinho, o pé de laranja lima, com quem desabafa, pois seu mundo não se restringe à fantasia infantil. Zezé vive uma dura realidade: a violência doméstica. Realidade amenizada pela sensibilidade e carisma do protagonista e por sua amizade com Manuel Valadares, o Portuga.
A obra Alice no País das Maravilhas, do escritor britânico Lewis Carroll (1832-1898), é um clássico da literatura infantojuvenil. Alice, para fugir de uma realidade monótona, segue o coelho apressado e entra em um mundo fantástico, ou maravilhoso, do sonho. Escrito no século XIX, o livro continua atual, pois apresenta caráter universal: a oposição entre a fantasia e a realidade e, consequentemente, entre a infância e a vida adulta.
Esse livro inspira a pensar que, ao mesmo tempo em que a fantasia é fuga devido à incapacidade de suportar o real, é também inspiração para transformar a realidade em algo maravilhoso. Além disso, a obra convida o leitor e a leitora a buscarem o fantástico, o maravilhoso, na própria realidade tediosa, convite aceito por Alice e tantas outras crianças e jovens.
O livro As aventuras de Pinóquio, do escritor italiano Carlo Collodi (1826-1890), também foi escrito no século XIX, é um clássico da literatura infantojuvenil e sobrevive devido à universalidade de sua temática. A obra conta a história de Gepeto, que, ao deparar-se com um pedaço de pau falante, decide fazer dele um boneco de madeira. A partir de então, o boneco Pinóquio necessita aprender a ser um menino, a ser humano, a ser gente. Para isso, precisa saber lidar com as adversidades e perigos da vida, fazer escolhas e pagar por elas.
A obra O mágico de Oz, do escritor americano L. Frank Baum (1856-1919), conta a história de Dorothy (dona do cachorro Totó) e seus três amigos: o leão, o homem de lata e o espantalho. Menina e amigos têm cada um seu sonho, que se torna o motivo de suas vidas, simbolizadas pela estrada de tijolos amarelos, que os personagens devem seguir para encontrar o mágico de Oz, na Cidade das Esmeraldas, o único capaz de realizar tais desejos.
A história apresenta certa semelhança com Alice no País das Maravilhas. Em ambas, há uma passagem do mundo real para o mundo da fantasia. No caso de Dorothy, não é a curiosidade que leva ao maravilhoso, como ocorreu com Alice ao seguir o coelho, mas um ciclone que transporta a personagem Dorothy e seu cão para o mundo de Oz. Se Alice perambula, sem objetivos, por um mundo caótico que metaforiza o seu processo de crescimento, Dorothy tem um objetivo claro: encontrar o caminho de casa.
No livro de ficção científica do francês Júlio Verne (1828-1905), Viagem ao centro da Terra, o jovem Axel e seu tio, o professor, geólogo e mineralogista Otto Lidenbrock, fazem uma expedição ao interior da Terra, um lugar fantástico, em que há luz, ilhas, oceano, dinossauros e novas espécies de animais, além de outras maravilhas. Um livro cheio de aventuras, que aguça a mente do leitor, de forma a fazer com que ele pense na possibilidade de mistérios da natureza ainda não desvendados pela ciência. Na obra de Verne, a ciência é atrelada à imaginação, e por isso ela é fascinante.
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