Você já ouviu o termo “disciplina positiva”? Trata-se de uma comunicação não violenta entre pais e filhos, baseada em firmeza e gentileza ao mesmo tempo, sem punição, castigo ou recompensa.
Disciplina Positiva, esquematizada por Jane Nelsen na década de 1980, surgiu bem antes, em 1920. Ela teve como base a teoria dos psiquiatras austríacos Alfred Adler (1870-1935) e Rudolf Dreikurs (1897-1972). E, a partir daí, teve início esse conceito de uma educação baseada na firmeza e na gentileza, passando longe do autoritarismo e da permissividade.
Inicialmente, Adler apresentou a ideia de que todas as crianças devem ser tratadas com dignidade e respeito. Mas, por outro lado, também alertou que mimar e fazer tudo pelos filhos não eram maneiras saudáveis e nem encorajadoras, pois resultavam em problemas sociais e de comportamento.
Na educação dos filhos, a abordagem da disciplina positiva defende o equilíbrio, diferente das práticas dominantes e tradicionais que sempre existiu nas relações.
Uma boa comunicação com as crianças envolve ouvir bem e falar de maneiras que incentivem seu filho a te ouvir.
Vamos entender um pouco mais como funciona?
Principais motivos que mostram os comportamentos diários de uma criança.
As crianças respondem quando recebem recompensa e punição no seu ambiente.
Elas procuram desenvolver o senso de aceitação (conexão) e importância (significado) no seu contexto social.
Controle, recompensas e punições.
Empatia, entendimento da perspectiva da outra pessoa, colaboração na resolução do problema, gentil e firme (ao mesmo tempo) e acompanhamento do que foi previamente combinado pelas partes.
Respeito entre a criança e o adulto.
Obediência e observância nos relacionamentos, nos quais dignidade e respeito ao adulto são primordiais.
Mútuo, em relacionamentos nos quais cada pessoa tem direitos iguais à dignidade e ao respeito.
Práticas que podem atrapalhar na hora da educação.
Censura, isolamento e punição.
Identifica-se o comportamento sem a necessidade de humilhar ou culpar. Foca em soluções, faz o acompanhamento do que foi mutuamente combinado e endereça a crença por trás do comportamento.
Práticas que aceleram o aprendizado da criança.
O adulto tem controle efetivo sobre o comportamento da criança.
A criança desenvolve um senso de aceitação e contribuição em sua família.
Todas as pessoas tem o desejo de se sentir aceito e importante dentro do contexto social onde vive. Ao trazer os seus filhos para perto, escutando-os com atenção e incluindo-os em decisões diárias como estabelecer uma rotina de horário de almoço, estudos e brincadeira, você faz com que eles se sintam parte do ambiente familiar. Essa atitude ajudará a criar um senso de responsabilidade, além de estreitar os laços afetivos entre pais, filhos e irmãos.
Por exemplo:
“Sim, quando você terminar a tarefa da escola, aí você pode brincar”.
“Quando você terminar de guardar os brinquedos, aí você pode fazer”.
“Sim, você pode comer logo depois de lavar as mãos”.
Uma criança não precisa e nem deve ouvir “sim” o tempo todo. Podemos dizer assim: “Deixa a mamãe pensar sobre isso”
Esse intervalo tem algumas vantagens: demonstra para a criança que o desejo dela é levado a sério e dá aos pais a oportunidade de sondar suas próprias emoções diante do pedido.
As escolhas colocam a criança no centro de sua aprendizagem e facilitam a tomada de decisões.
“O que você acha de…?”
“Eu preciso de… Quando você acha que pode me ajudar?”
“Filhos, vocês podem escolher: ou vocês jogam bola lá fora ou ficam dentro de casa, mas guardam a bola e brincam de outra coisa. Vocês decidem”.
“Não grite!” ➡️ “Fale baixinho”.
“Não corra!” ➡️ “Eu prefiro que você ande”.
“Não coloque a mão no fogão.” ➡️ “Pare!” “Cuidado!” “O fogão está muito quente!”
Você precisa saber que por trás de qualquer comportamento inadequado se esconde uma mensagem, uma necessidade a ser levada em consideração.
Isso acontece dos dois lados, na verdade. Muitos pais insistem em gritar ou brigar com seus filhos quando fazem algo errado, porém ninguém aprende nada com medo ou na hora da ira. Esperar a criança se acalmar para conversar e focar em uma possível solução para o problema muda tudo para melhor.
Quando a criança quiser ficar mais tempo assistindo ao desenho, pedir para ficar mais uns minutos no parque ou para brincar exatamente naquele brinquedo que está ocupado, por exemplo, é possível expressar a recusa das seguintes formas:
Quando você começa a prestar atenção em suas palavras, percebe o impacto que uma palavra escolhida ou uma frase diferente podem ter.
1 Comentário
Aqui é a Amanda da Silva, gostei muito do seu artigo tem
muito conteúdo de valor, parabéns nota 10.
Visite meu site lá tem muito conteúdo, que vai lhe ajudar.