Pais e mães que tiveram animais de estimação na infância sabem como esses companheiros são marcantes. Além de criar memórias inesquecíveis, o contato com os pets pode fazer com que a criança tenha uma vida mais longa, saudável e feliz.
Confira a seguir alguns dos principais benefícios da relação entre pets e crianças já demonstrados por estudos e os cuidados para ter em mente com a chegada do cão, gato ou outro bichinho em casa.
Antigamente, se pensava que cães e gatos poderiam desencadear alergias em crianças. Mas hoje se sabe que a história é outra: o convívio pode proteger as crianças de infecções e até diminuir o risco de asma e dermatite atópica, duas doenças que dão trabalho na infância.
Ainda não se sabe porque o animal estimula o sistema imune, mas se acredita em uma espécie de “treino” para que as defesas aprendam a lidar com agentes externos como poeira, pelos e por aí vai. Algumas pesquisas indicam ainda que pode haver influência na composição da microbiota intestinal, o conjunto de micro-organismos que vive no intestino e que é importante para as defesas.
A influência é tamanha que alguns trabalhos ligam a exposição aos animais ainda na gestação a um menor risco dessas encrencas, que estão relacionadas a um desequilíbrio do sistema imune.
Os dois primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento cerebral. Quanto mais estímulos, mais conexões se formam entre os neurônios. Os animais fazem com que as crianças tentem várias vezes a realização da mesma atividade, o que aperfeiçoa habilidades motoras.
Aqui são tantos benefícios estudados que fica até difícil selecionar um só. Habilidades como autocontrole, socialização e capacidade afetiva são alguns dos aspectos positivos mais conhecidos. Ora, ter um companheiro ensina a interpretar os sentimentos e necessidades de outro ser, ajudando a trabalhar empatia e estimular a comunicação não verbal.
Frequentemente, crianças com transtornos físicos e neurológicos se beneficiam muito do convívio com animais de estimação. Em síntese, não é à toa que ele é parte do acompanhamento terapêutico de diversas condições, como o autismo, e a terapia assistida por animais (TAA) é uma metodologia específica com esse foco.
Se não atuam diretamente na melhora dos sintomas, podem ser ao menos uma ferramenta para ajudar no tratamento, principalmente das crianças mais velhas. Por exemplo, um estudo de 2016 mostrou que crianças e adolescentes portadores do diabetes tipo 1 controlavam melhor a glicemia se tivessem um pet em casa.
Isso por conta do senso de responsabilidade atribuído ao cuidado com o bichano, estimulando a tomar remédios do jeito certo.
Ter um relacionamento com um animal é uma maneira de transmitir lições importantes para a criança sobre nascimento, reprodução, acidentes e outros acontecimentos marcantes. Quando um bichinho morre ou se perde, elas têm contato com o luto, o que será útil em futuros eventos tristes da vida.
Fora que, conforme o pequeno cresce e ganha tarefas condizentes com a sua idade no cuidado com o bicho, aprende também noções de responsabilidade.
Em síntese, sim, ele também pode afetar os pequenos, especialmente no dia a dia corrido que vivemos. Desse modo, os cães, gatos e companhia podem ajudar a relaxar e acalmar a criança. Uma das teorias para explicar isso é a de que, ao afagar o animal de estimação, o corpo libera hormônios como a ocitocina, ligada ao estabelecimento de vínculos e a uma melhor resposta psicológica e fisiológica ao estresse.
Um animal em casa pode diminuir o risco de ansiedade infantil.
Primordialmente, essa vale mais para os cachorros. Levar o mascote para passear ou brincar com ele é uma ótima maneira de se mexer, em um mundo que se preocupa com os níveis de sedentarismo em jovens e o aumento na incidência de obesidade infantil. Quanto mais envolvida com o animal a criança for, maiores as chances de ela ser ativa.
Além de espantarem o sedentarismo, a ciência estuda se os animais de estimação poderiam ter mais influência na prevenção da obesidade infantil. Um achado nesse sentido foi feito em 2017 pela Universidade de Alberta, no Canadá.
Psquisadores descobriram que os que conviveram com pets durante a gestação tinham duas vezes mais Oscillospira no intestino. Essa bactéria está ligada ao risco de ganhar muito peso.
Em seu site, a SBP destaca que até os sete anos os pais devem supervisionar a interação entre filhos e bichos. Cuidar da higiene, de pulgas e carrapatos, realizar visitas regulares ao veterinário e lavar as mão depois do contato são outras recomendações da entidade.
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