Não é novidade que a fase da adolescência é marcada por vários conflitos e rebeldia não é verdade?
Os conflitos na relação entre pais e filhos ultrapassam gerações, sempre haverá motivos de debates e reflexões entre pessoas de todas as idades.
A convivência entre o adulto e o adolescência traz uma série de questionamentos que buscam solucionar os problemas enfrentados na hora de educar, impor limites e ao mesmo tempo, transformar tudo isso em uma relação de confiança e cumplicidade.
Adolesencia é sinônimo de mudança
As mudanças de humor são consequência das mudanças hormonais que deixam esses jovens mais sensíveis emocionalmente, além da busca por independência que caracterizam essa idade.
A chegada da adolescência não é igual para todos. Em alguns casos pode aparecer aos oito ou nove anos, ao passo que outras entram nesse processo de amadurecimento mais tarde, a partir dos treze anos, por exemplo.
Esse é o início de um processo de transformação física, hormonal e psicológica que vai terminar, no mínimo, aos 19 anos.
Essa é uma fase marcada pela rebeldia. Rebeldia, de acordo com o dicionário online michaelis é “ato de lutar contra alguém ou alguma coisa, usando força ou argumento; oposição, resistência”, também “comportamento que se caracteriza pela desobediência”.
O que a gente sempre escutou e entendeu que era rebeldia era na verdade, o processo (ou parte dele) de individualização na adolescência.
Os sinais de rebeldia na adolescencia
1.- Querer ficar sozinho
É um dos principais sinais de rebeldia nos adolescentes e deriva da necessidade de privacidade, aspecto que tem uma importância maior nessa fase da vida.
2.- Mudanças repentinas no humor
Nesse sentido, um adolescente pode responder de maneira indiferente às nossas demonstrações de afeto, pode responder com raiva a uma brincadeira inocente, assim como ficar deprimido por coisas simples, como uma espinha no rosto, por exemplo.
3.- Perda relativa da comunicação
Muitas crianças continuam muito apegadas aos seus pais até a chegada da adolescência. Nessa fase, pode parecer estranho que nosso filho tenha deixado de nos contar sobre o dia na escola e, ao mesmo tempo, faça novas amizades com pessoas que não conhecemos.
4.- Perceber que sentem vergonha na nossa presença
Diferentemente dos outros sinais de rebeldia na adolescência, esse em especial é o que mais atinge os pais e também o que menos compreendemos. Nessa fase, os adolescentes estão em plena busca da independência e da identidade como uma pessoa madura, deixando para trás aqueles comportamentos infantis ou de apego com os pais.
5.- Dizer “não”
Provavelmente esse é o aspecto mais característico do começo da adolescência, assim como um dos primeiros sinais de rebeldia. Nosso filho vai se tornar mais independente em todas as suas decisões.
Se antes, por exemplo, nos acompanhava sem reclamar a qualquer evento familiar, pode ser que agora seja mais relutante em participar de situações que possam parecer chatas e entediantes.
Mas como evitar conflitos nessa fase?
A maioria dos conflitos tem origem na dificuldade de comunicação dentro de casa. Filhos acham que pais só querem proibir. Já os pais acham que os filhos só querem permissão.
Nesse conflito, é importante não cometer o erro de tentar encontrar um culpado. Essa é uma etapa nova e desconhecida tanto para pais quanto para os filhos, que devem superar as diferenças sem desgastar a relação familiar.
Para evitar brigas desnecessárias, é fundamental ter Inteligência Emocional para administrar os conflitos com consciência.
De fato, os pais não estão completamente preparados para compreender a velocidade das mudanças que acontecem na vida de seu filho. Eles também têm que aprender uma nova forma de lidar com essa pessoa que cresceu e não é mais criança.
A presença dos pais também é importante, pois em meio a tantas mudanças, conflitos e descobertas, os adolescentes se veem diante de alguns problemas que podem afetar diretamente o seu desenvolvimento psicológico, como o uso de drogas, a prática bullying e o isolamento social.
Por isso, é necessário identificar os fatores de risco para minimizá-los e fortalecer as relações familiares, criando um diálogo para a prevenção de possíveis problemas e acompanhando de perto o dia a dia dos filhos, assim como buscando conhecer bem suas companhias e círculos sociais.
Neste sentido, a escola pode servir como um ambiente primordial para reflexão e formação do jovem.