Viver sempre em harmonia não é uma tarefa tão fácil como desejamos que seja.
Ainda mais quando se convive em conjunto, onde ali existem vidas distintas, valores diferentes, e maneira de enxergar e lidar com as brigas e situações diárias.
Por mais que busquemos incansavelmente por uma vida tranquila, e em paz, nem sempre conseguimos atingir o objetivo.
Desavenças, irritações e brigas acontecem em qualquer ambiente, com qualquer pessoa.
A diferença está no modo de como se lida quando os momentos de estresse chegam.
Não é sobre não se chatear, mas sobre como se portar e resolver.
Ainda mais quando se tem filhos em casa, essa atenção precisa ser redobrada, e não é tão simples como se pensa.
E aqui falaremos o porquê desse cuidado ser tão importante.
Todo casal tem dias difíceis, e essa é uma afirmação que não se pode discordar.
Já se passou aquela fase inicial do namoro, que ao acontecer uma discussão, cada um vai para sua casa, cada um dorme no seu próprio quarto.
Agora o casal já compartilha uma vida conjunta, onde tudo é divido e não se pode mais fugir ou até mesmo dar um tempo daquela maré baixa.
Até porque agora a casa não é apenas sua, nem o quarto onde dorme, e ali está presente o bem mais precioso que o casal pode ter: O filho!
Segundo especialistas do comportamento infantil, brigar na frente da criança pode trazer problemas sérios ao longo prazo por serem bastante perceptíveis e observadoras.
As crianças além de enxergarem os pais como um exemplo a ser seguido, também os enxergam como um porto seguro. E quando elas presenciam momentos de briga, há um rompimento dessa visão, e tudo começa a desmoronar para elas.
De antemão, é preciso saber a diferença de briga e discussão. Você sabe? Simbora!
As brigas são um conjunto de ofensas, ataques e violências, tanto físicas quanto verbais.Onde o respeito desaparece, e abre espaço para mágoas, onde ambos não procuram entrar em acordo para resolver tais problemas, gerando muito mais desconforto para todos os envolvidos.
Já as discussões estão pautadas na identificação do problema, e na busca de encontrar caminhos para resolve-los.
Claro que existem discussões mais quentes, onde as partes podem se exaltar um pouco mais, mas não perderá a cabeça de modo que chegue em situações extremas.
Discussões fazem parte do relacionamento de qualquer ser humano que se envolva.
Elas servem até mesmo para equilibrar as diferenças ao chegar em um consenso, e se acontecem de forma natural e respeitosa, não há problema.
A criança aprenderá sobre emoções e as nuances do convívio.
Contanto que haja um desfecho para o bem. Já as brigas só servirão para desgastar a relação e deixar o clima totalmente desagradável.
Sabendo dessa diferença e o contexto, agora entra a parte do porquê as crianças são tão atingidas com elas.
Bom, as crianças que sempre presenciam momentos de conflitos, sempre estarão em estado de alerta. Contudo, gerará um sentimento de medo, podendo assim desencadear vários problemas psicológicos, como:
Logo nos primeiros anos, o pequeno já começa a repetir comportamentos dos pais, aquela primeira base vai servir como alicerce de crenças para a criança.
Ou seja, se ela convive em um ambiente com brigas constantes, ela assimilará que o padrão das relações é exatamente assim, e logo, logo irá reproduzir tais atitudes.
A falta de afeto entre os pais, afetará diretamente no desenvolvimento cerebral da criança, por ela não conseguir entender exatamente o que está acontecendo na frente dela.
A partir do sexto mês de vida, a criança que vive constantemente presente nas brigas dos pais, tende a ter seus batimentos cardíacos mais acelerados, causando altos níveis de estresse.
Justamente por todas as emoções estarem ligadas com questões neurológicas, causando todos esses transtornos que foram citados a cima.
De fato, as brigas são extramente prejudiciais para a saúde mental da criança.
É aconselhável que toda e qualquer briga seja resolvida longe da presença da criança, e estar ciente que aquilo não uma competição. Saber se comunicar será necessário nessas horas.
“Quando as crianças observam brigas em casa, acabam incorporando que o ambiente familiar é, na verdade uma ‘arena’ e que o normal entre seus pais é estarem sempre duelando.
Mas o ideal seria ela absorver o conceito de que a casa é um lar, um lugar tranquilo, alegre e feliz para se estar”, conta o pediatra Mario Novais, diretor do Hospital Daniel Lipp.
Caso aconteça de extrapolar na frente dela, é importante salientar que ela não tem culpa pelo ocorrido e que tudo ficará bem. Saber se comunicar ajudará a contornar toda a situação.
Uma dica para os pais, é combinarem uma palavra-chave que trará a compreensão de que a briga irá começar e que vocês precisam ir para outro cômodo da casa, ou até mesmo deixar para outra hora.
Tudo vale quando se diz respeito a harmonia familiar.
Se policiar é o primeiro passo para evitar que aconteça novamente e que vire algo rotineiro.
E ao perceber que você ou seu conjunge não consegue ter controle sobre suas ações, é considerável procurar ajuda de um profissional para achar a raiz do problema, e assim, resolve-lo da melhor forma possível.
Conhecer a si mesmo e seus limites nessas horas, será benéfico para a preservação do bem-estar de todos do lar.
Porque entre tapas e beijos, beijar é muito melhor, você não concorda?
Conta aqui como você lida quando os nervos do casal ficam à flor da pele, compartilhe suas experiências com a gente.
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Um grande beijo e até o próximo post.