Hoje, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, trouxemos em homenagem algumas das personalidades negras que fizeram a diferença na história. Mas antes de começarmos, vamos explicar melhor sobre esta data?
O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado em 20 de novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, e reivindica essa figura histórica como símbolo de resistência.
Zumbi dos Palmares é um dos grandes nomes da história do Brasil. Ele foi um dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior e mais longevo quilombo da história de nosso país. Zumbi assumiu a liderança do quilombo, em 1678, e resistiu, durante quase 20 anos, contra as investidas dos portugueses.
Foi morto após ter seu esconderijo denunciado, no dia 20 de novembro de 1695. Zumbi é, atualmente, um dos grandes símbolos da luta dos negros e dos africanos contra a escravidão no Brasil. Sua memória também é utilizada, nos dias de hoje, como símbolo de luta dos negros contra o racismo presente na sociedade brasileira.
Racismo é a denominação da discriminação e do preconceito seja ela direta ou indiretamente contra indivíduos ou grupos por causa de sua etnia ou cor.
É importante ressaltar que o preconceito é uma forma de conceito ou juízo formulado sem qualquer conhecimento prévio do assunto tratado, enquanto a discriminação é o ato de separar, excluir ou diferenciar pessoas ou objetos.
E lutar contra o racismo é o papel de todos.
E para homenagear grandes personalidades negras, trouxemos neste post algumas dessas figuras que foram tão importantes para a nossa história. Vamos lá?
A norte-americana nasceu no leste do EUA em condição de escravidão. Toda a sua família foi escravizada, e a jovem, consciente da sua condição, sonhava com a liberdade desde a adolescência, planejando formas de escapar de seus senhores.
Decidiu realizar o seu plano quando tinha 27 anos de idade e, contrariando os pais, fugiu da fazenda onde era mantida. Além de ter conseguido escapar, aos poucos foi planejando e realizando viagens de resgate para ajudar também a sua família, amigos e conhecidos. Mais de 70 famílias foram ajudadas por Harriet, que conhecia todos os macetes para escapar dos senhores.
Durante a Guerra Civil Americana (1861 – 1865), ofereceu-se para servir, foi espiã e comandou 150 soldados liderando as tropas do norte contra os soldados do sul. A operação conhecida como Ataque no Rio Combahee conseguiu a libertação de mais de 700 escravos dos Confederados. Tornou-se um símbolo americano de liberdade e coragem e seu rosto passará a estampar a nota de vinte dólares no ano de 2020.
Considerada a primeira romancista brasileira, Maria Firmina dos Reis nasceu em São Luís, no Maranhão, filha de pai negro e mãe branca. Devido à condição do pai, em plena época da escravatura, a menina foi registrada com nome de um pai ilegítimo e cresceu na casa de uma tia, da família da mãe, o que lhe permitiu ter alguma educação.
Com 22 anos de idade, foi aprovada em um concurso para ser professora na cidade. E então, já assumia uma posição antiescravagista. Seu primeiro livro, Úrsula, foi lançado doze anos depois, quando Maria já gozava de algum prestígio como professora. Foi o primeiro romance publicado por uma mulher no país, e também o primeiro antiescravagista.
Chegou a publicar mais contos e um livro de poemas e fundar uma escola mista e gratuita para atender aos pobres da região (escândalo na época), mas com o tempo foi esquecida, e depois recuperada pela pesquisa de um historiador paraibano na década de 1960.
Conhecida especialmente por ter sido a companheira de Zumbi dos Palmares, grande homenageado no Dia da Consciência Negra no Brasil, Dandara também fez história sendo um dos nomes principais da resistência quilombola do país do século XVII.
Não se sabe a sua data nem local de nascimento, mas acredita-se que ela tenha nascido no Brasil e desde muito nova vivido no Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, região onde agora atualmente encontra o Estado de Alagoas. Teve três filhos com Zumbi e lutou em muitas guerras de resistência contra os colonizadores até que foi capturada e morta por eles, junto a outros quilombolas, em fevereiro de 1694.
Tia Ciata, como ficou conhecida, era mãe de santo (Candomblé), quituteira, empreendedora, partideira e, posteriormente, Matriarca do Samba, por ter cedido a sua casa, no centro do Rio de Janeiro, para as rodas de samba, até então um ritmo proibido no país, que deram espaço ao surgimento de grandes nomes da música brasileira, como Pixinguinha.
Ganhava a vida vendendo quitutes, fazendo consultas em sua religião e organizando essas festas que tornaram-se tradicionalmente famosas na cidade. O primeiro samba de sucesso gravado no Brasil, em 1917, chamava-se “Pelo Telefone“, e foi gravado na casa de Tia Ciata.
Angela Yvonne Davis nasceu no Alabama, EUA, e tornou-se uma dos principais mulheres negras na luta pelos direitos civis na década de 1960 – 1970. Cresceu em um dos estados do sul americano onde a segregação racial era mais dura, e organizações civis como a Ku Klux Klan tinha o hábito de perseguir, linchar e enforcar pessoas negras.
No fim da adolescência Ângela conseguiu uma bolsa para estudar filosofia em Nova York, onde conheceu ideais socialistas e passou a militar em favor dos direitos civis, igualdade de gêneros, entre outras causas. Quando tinha por volta de 20 anos, associou-se ao partido dos Panteras Negras, chegou a ser uma das dez pessoas mais procuradas no país pelo FBI, mas depois foi inocentada de todas as acusações.
Desde então, Ângela é símbolo de resistência negra, acadêmica respeitada nos estudos étnicos e de gênero. Em 1977-1978 foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz.
Uma das mulheres negras mais importantes da atualidade no Brasil, Sueli Carneiro nasceu em São Paulo, é doutora em filosofia pela Universidade de São Paulo e criadora do Geledés Instituto da Mulher Negra, um dos principais órgãos independentes de consciência racial no Brasil.
Autora de dois livros e artigos sobre raça, gênero e direitos humanos publicados no Brasil e no mundo, foi uma das pessoas responsáveis pela defesa constitucional da implantação de cotas raciais nas universidades brasileiras. Atualmente é referência do Movimento Negro nacional e nome incontornável no assunto nos campos políticos e acadêmicos.
A premiada escritora, roteirista e diretora americana Shonda Rhimes nasceu no estado de Illinois, EUA, e tornou-se a afro-americana mais bem paga da TV americana.
Ela cresceu no subúrbio, em uma família com mais seis irmãos, a mãe era professora e o pai administrador em uma universidade. Formou-se em inglês, e trabalhou com publicidade por um tempo para pagar as contas, mas a sua paixão sempre foi a escrita. Começou a escrever para a TV em meados dos anos 1990 e foi alcançando o sucesso aos poucos.
Hoje Shonda é a autora de várias séries de sucesso, como Grey’s Anatomy, Scandal e How to Get Away with Murder.
Ficamos felizes por chegar até aqui, e não deixe de conferir também nosso Instagram e Facebook para estar por dentro de mais informações quando tiver assunto novo aqui no blog!
Um grande beijo e até a próxima!